O Bispo de Vitoria (Espanha) se uniu aos pedidos de asilo para pessoas resgatadas no Mediterrâneo pelo barco Open Arms, porque "é desumano olhar para outro lado".

Dom Juan Carlos Elizalde, Bispo de Vitoria, recordou, em um comunicado enviado em 14 de agosto, que "todas as pessoas devem ser atendidas e acompanhadas nos momentos difíceis, como está sendo este".

O barco Open Arms está no Mar Mediterrâneo há 15 dias, com mais de 130 imigrantes a bordo, muitos deles crianças, à espera por um porto seguro no qual desembarcar, para que possam ser resgatados e atendidos.

Open Arms é uma ONG espanhola dedicada ao resgate no mar de refugiados que chegam à Europa fugindo da guerra, perseguição ou pobreza.

Diante desta situação, a Diocese de Vitória emitiu um comunicado no qual se une aos pedidos de asilo realizados por diferentes âmbitos e lembrou que "todas as pessoas merecem ser atendidas, independentemente de sua origem ou circunstâncias".

Também denunciou as situações críticas pelas quais os imigrantes estão passando e enfatizou que "é desumano olhar para outro lado".

Dom Elizalde, que é membro da Comissão de Migrações da Conferência Episcopal Espanhola, assegurou no comunicado que “a Igreja está plenamente consciente do trabalho dos voluntários e profissionais do Open Arms e lhes agradece por sua ajuda e acompanhamento aos imigrantes e refugiados”.

Segundo afirmou o Bispo de Vitoria, "toda vida importa" e, por isso, pediu aos Estados membros da União Europeia que "trabalhem sem demora para dar uma solução a esta crise humanitária" e se colocou à disposição do governo da Espanha “para ser parte da solução”.

Enfatizou também que esta é uma nova oportunidade para ajudar. "Amar o próximo pode não ser fácil, mas os católicos devemos nos doar aos demais sem nenhuma distinção”, recordou.

Dom Elizalde realizou um apelo urgente para encontrar uma solução sobre isso, uma vez que "o desamparo e a falta de resposta violam os acordos internacionais em relação à ajuda a refugiados ou migrantes".

O Prelado recordou também as palavras do Papa Francisco: “A resposta ao desafio colocado pelas migrações contemporâneas pode ser resumida em quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar. Mas estes verbos não valem apenas para os migrantes e os refugiados; exprimem a missão da Igreja a favor de todos os habitantes das periferias existenciais”.

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