O Bispo da Matagalpa, Dom. Jorge Solórzano Pérez, pediu promover uma educação sexual que recorra aos valores e não se reduza à instrução no uso de preservativos que promovem "a promiscuidade e a desordem".

Diante da massiva campanha de distribuição de profiláticos que implementou o Governo e o programa de educação sexual que projetou para as escolas, Dom. Solórzano, manifestou que, a diferença das autoridades, a Igreja "promove e apoiaria uma educação que forme os jovens nos valores".

"Se os jovens são formados nos valores, serão capazes de estabelecer verdadeiras famílias, não digamos cristãs, mas em primeiro lugar humanas", acrescentou em uma entrevista concedida ao Nuevo Diário.

"Para nós é questão de valores que se ensinem aos jovens a abstinência e o respeito às pessoas, porque está demonstrado que a campanha de ensinar o uso da camisinha fracassou", precisou o Prelado.

Segundo o Bispo, "nos países onde promoveram a camisinha, houve maior promiscuidade, e além disso enganam ao jovem porque o preservativo não os protege cem por cento. É mentira, um engano essa campanha que diz: ‘Use a camisinha e estará protegido’. Mentira, não há total proteção, há um risco, estão enganando as pessoas e promovendo mais a promiscuidade".

"Quando a um jovem –prosseguiu– desde pequeno lhe ensina a usar a camisinha, estão dando o ‘okay’ para que faça o que quiser, e isso não é o caminho. Não estamos de acordo em que tragam caminhões de preservativos e os distribuam, porque estão fazendo um mal e ainda vão aumentar a epidemia de AIDS".

Dom. Solórzano explicou também que na sociedade nicaragüense atual "tiram a fidelidade, tiram a abstinência, dizem que já passou de moda e só promovem a camisinha. Então os resultados vão ser um desastre na sociedade nicaragüense, porque se tirar os valores ficam totalmente desprotegidos e se vai destruindo cada vez mais a juventude e a família".

"É uma luta forte que temos, e às vezes sentimos que estamos lutando contra um gigante. Desde a Santa Sede impulsionamos a luta para defender a vida. Nossa luta é contra a cultura da morte, não contra a educação sexual, nisso estamos de acordo", sentenciou o Bispo de Matagalpa.