As autoridades sanitárias de Honduras poderiam dispor o retiro do mercado da “pílula do dia seguinte”, logo que uma análise da Direção de Medicina Forense do Ministério Público concluíra que é abortiva por impedir a aninhação do óvulo fecundado.

O estudo se realizou a pedido da Fiscalía Especial da Infância logo depois de receber uma denúncia contra a chamada Pílula Anticoncepcional de Emergência (PAE). “A análise realizada pelo laboratório toxicológico de Medicina Forense conclui que a PAE tem efeitos abortivos”, expressou a fiscal da Infância, Marisol Rodríguez.

Rodríguez indicou que depois do resultado se coordenará com a Secretaria de Saúde e a Associação Hondurenha de Planificação da Família (Ashonplafa) –distribuidora do abortivo-, a medida a ser adotada, que poderia determinar o retiro destas pílulas do mercado. Enquanto isso, disse, se pedirá que diminua a publicidade e a distribuição da PAE.

Em fevereiro de 2004, a fiscal Nora Urbina assinalou que se se demonstrava que dita pílula é abortiva, se pediria imediatamente seu retiro do mercado. Na Honduras o aborto é delito, entretanto, o uso da PAE foi aprovado pelas autoridades de saúde entre o 2000 e 2001.

Por sua parte, os bispos do país exortaram constantemente a não permitir seu consumo por atentar contra a vida de um inocente e fomentar a promiscuidade.