O autor e biógrafo papal, George Weigel, assinalou que a vida de São João Paulo II é uma prova de que a crença religiosa e a convicção moral podem mudar o rumo da história.

Na segunda-feira 18 de maio Weigel realizou um seminário online pelo centenário do nascimento do Papa peregrino, apresentado pelo Santuário Nacional de São João Paulo II.

Karol Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, morreu em 2 de abril de 2005 e foi canonizado em 27 de abril de 2014. Sua festa é 22 de outubro, o dia que foi eleito Papa.

Weigel assinalou que São João Paulo II foi “a grande testemunha cristã de nosso tempo, o homem que fez que Jesus Cristo ganhasse vida para muitos” e que “seu próprio apostolado convidou outros a serem discípulos cristãos”.

A apresentação de Weigel durante o seminário Web foi um dos muitos eventos organizados pelo santuário para comemorar o centenário do nascimento de João Paulo II. Originalmente, estes eventos seriam presenciais e incluiriam um “simpósio acadêmico”, mas os planos mudaram devido ao surto de COVID-19.

Weigel indicou que João Paulo II foi o “Papa do Catecismo e da devoção à Divina Misericórdia” e explicou como “essas duas realidades - verdade e misericórdia - encontraram-se em sua própria vida”, e o inspiraram às conduzir a vida da Igreja.

Em outubro de 1992, o Papa João Paulo II promulgou a nova edição do Catecismo da Igreja Católica; e no 2000 designou o domingo depois de Páscoa como “Domingo da Divina Misericórdia”.

Weigel assinalou que São João Paulo II como Papa demonstrou que “o poder da convicção religiosa e moral” é melhor que as disciplinas seculares como a economia ou o direito “para mudar a história”, e assim dar-lhe “uma direção mais humana”.

O escritor assinalou que o legado que São João Paulo II deixou sobre a Divina Misericórdia se sente mesmo anos depois de sua morte, com a inscrição da festa da Santa polonesa Faustina Kowalska no Calendário Romano pelo Papa Francisco.

George Weigel declarou que os efeitos da Primeira e da Segunda Guerra Mundial haviam “destroçado a malha moral do mundo ocidental”, sendo causadores de todo tipo de dor e danos pessoais, mas que a aparição da Divina Misericórdia tinha a intenção de sanar estas feridas.

São João Paulo II interpretou a “mensagem da Divina Misericórdia que irradia do coração do Senhor ressuscitado”, “como a resposta a essa destruição da malha moral da humanidade”, indicou o autor.

“A humanidade precisava escutar a mensagem da misericórdia de Deus, que é o suficientemente forte para sanar as feridas que nos infligimos”, disse.

O Santuário Nacional de São João Paulo II está localizado em Washington, D.C., perto do campus da Universidade Católica da América. Originalmente chamado Centro Cultural João Paulo II, o santuário nacional se estabeleceu em 2011, depois de que foi adquirido pelos Cavaleiros do Colombo. A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos designou o edifício como “santuário nacional” para o então beato João Paulo II em 14 de março de 2014.

O santuário alberga uma exposição sobre a vida e o papado do santo polonês, e uma de suas capelas contém uma relíquia de primeira classe que está disponível para veneração.

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