A Rede de Sobreviventes dos Abusos Sexuais cometidos pelos Sacerdotes (SNAP, por suas siglas em inglês), pediu desculpas por "qualquer declaração falsa ou inexata" contra um sacerdote americano, injustamente acusado de cometer abuso sexual contra uma menor.

O pedido de desculpas foi publicado no site da Arquidiocese de St. Louis, em 27 de novembro.

O Pe. Xiu Hui "Joseph" Jiang foi acusado de ter tido um contato inapropriado com uma adolescente que frequentava a Basílica de St. Louis, onde era capelão. As denúncias criminais apresentadas contra o sacerdote foram rechaçadas em 2015.

O Pe. Jiang também fez um teste do polígrafo, no qual negou ter abusado de menores, segundo um relatório do jornal ‘St. Louis Post-Dispatch’.

Em seu comunicado, a SNAP assegurou que os seus funcionários "jamais desejam ver alguém ser falsamente acusado".

"É verdade que ocorrem falsas acusações de abusos sexuais cometidos pelos sacerdotes", reconheceu a entidade.

"A SNAP pede desculpas por qualquer declaração falsa ou inexata em relação às denúncias contra o sacerdote", assinalou a organização. A SNAP também pediu desculpas pelo dano que as falsas acusações podem causar aos sacerdotes, assim como a toda a Igreja Católica.

Por sua parte, a Arquidiocese de St. Louis explicou em um comunicado que o pedido de desculpas foi emitido "como parte de um acordo com a Rede de Sobreviventes dos Abusos Sexuais cometidos pelos Sacerdotes (SNAP) em uma ação judicial por difamação apresentada pelo Pe. Jiang em 2015".

Logo depois que as denúncias contra o sacerdote foram consideradas improcedentes pela justiça, o Pe. Jiang iniciou um processo contra as autoridades da SNAP e os pais da menor, devido ao impacto prejudicial que tiveram as falsas acusações na sua vida.

Em 2016, um juiz federal sentenciou que a SNAP fez declarações falsas contra o Pe. Jiang "negligentemente e com indiferença imprudente pela verdade".

A primeira parte do processo foi resolvido em outubro deste ano. Um juiz federal descartou a segunda parte do caso no início deste mês.

Em janeiro de 2017, uma ex-funcionária da SNAP, Gretchen Rachel Hammond, iniciou um processo contra a organização, assegurando que a SNAP aceitava "subornos" dos advogados dos acusadores, os quais referem a ela supostas vítimas com tal de ganhar indenizações na justiça em processos contra sacerdotes católicos.

A SNAP negou essas acusações, mas a Presidente da organização, Barbara Blaine, renunciou ao cargo logo depois que a denúncia desta ex-funcionária foi apresentada.

"A SNAP não esta focada em proteger ou ajudar os sobreviventes, mas em explorá-los", disse Hammond em sua denúncia.

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