A Arquidiocese Militar do Brasil emitiu uma nota na qual desmente uma matéria publicada pelo site da revista ‘Veja’ que traz como título “Missa pela ditadura tem generais, viúva de Ustra e críticas a Caetano”.

A matéria, publicada na segunda-feira, 1º de abril, fala sobre a Missa celebrada no domingo, 31 de março, na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília, presidida pelo Bispo auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil, Dom José Francisco Falcão de Barros.

No texto da matéria, fala-se em “celebração ao golpe militar”, com a presença de generais e ressalta a presença de Joseita Brilhante Ustra, viúva do coronel Brilhante Ustra. Além disso, assinala que o Bispo teria criticado o cantor Caetano Veloso durante sua homilia.

A Arquidiocese Militar, por sua vez, publicou uma nota oficial, na qual explicou que a Missa “foi em ação de graças pelas promoções dos oficiais generais do Exército Brasileiro”, como ocorre há anos nesta data, e assinalou que na homilia o Bispo comentou apenas “as leituras litúrgicas”.

A seguir, confira a íntegra da nota da Arquidiocese Militar do Brasil:

Sobre a missa em ação de graças pela promoção de oficiais generais do Exército Brasileiro

A respeito da matéria “Missa pela ditadura tem generais, viúva de Ustra e críticas a Caetano”, publicada pela edição eletrônica de VEJA, de 1º de abril de 2019, a Arquidiocese Militar do Brasil tem a dizer:

  • A referida Missa, celebrada na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, em Brasília (DF), no dia 31 de março de 2019, às 19h30, foi em ação de graças pelas promoções dos oficiais generais do Exército Brasileiro. Tais promoções ocorrem na referida data desde a década de sessenta do século passado;
  • A Missa de ação de graças a Deus pelos oficiais generais promovidos é uma tradição em todas as capelanias e paróquias militares católicas, dentro e fora do Distrito Federal, desde o século passado;
  • Sendo dia de domingo numa Paróquia militar, é natural a presença de militares ou familiares de militares na celebração da Eucaristia;
  • Em nenhum momento do transcurso da Missa falou-se de “ditadura” ou de “golpe” ou se agradeceu a Deus por outro motivo senão pelos novos promovidos, um dos quais, o Gen. de Divisão Ayres, usou da palavra para agradecer a Deus;
  • Em nenhum momento do transcurso da Missa fez-se alusão ao nome de qualquer cantor ou compositor;
  • No transcurso da homilia, gravada em áudio, que comentou exclusivamente as leituras litúrgicas, ao se falar da atitude do filho pródigo ao abandonar a casa do Pai, em busca de uma liberdade sem proibição, aludiu-se ao correto significado de “liberdade”, que comporta um conjunto de restrições, portanto de proibições; de fato, dos dez mandamentos da Lei de Deus, seis são proibições. Daí que, na visão cristã, não se pode falar de “liberdade” e, ao mesmo tempo, de “proibição à proibição”;
  • Os cristãos procuram pautar sua conduta pela obediência à Verdade (1Pedro 1, 22), como de fato ela é.

Brasília, DF, 1º de abril de 2019

Dom Fernando Guimarães
Arcebispo Militar do Brasil

Dom José Francisco Falcão de Barros
Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil

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