A Arquidiocese do México assegurou que a luta pelos direitos humanos passa pela derrota do aborto.

Assim indicou no editorial deste domingo, 21 de março, do semanário “Desde la Fe” intitulado “A vida deve estar acima das ideologias”.

O texto recorda a frase da sobrinha de Martin Luther King Jr., Álveda King, que assegurava que “a nova luta pelos direitos humanos consiste em proteger a vida de todos, derrotando o aborto”.

O semanário recordou a declaração da líder pró-vida norte-americana quando “no México vemos cada vez mais tentativas legislativas para aprovar reformas de lei que atentem contra a vida, em uma agenda legislativa carregada de ideologia e distante dos direitos humanos”.

Há poucos dias, em 11 de março, a Comissão de pontos constitucionais da Câmara dos Deputados do México aprovou um parecer com reformas constitucionais que abrem as portas para a legalização do aborto e da ideologia de gênero.

Nesse mesmo dia, o Plenário da Câmara dos Deputados votou majoritariamente a favor da descriminalização do uso recreativo da maconha.

A Arquidiocese lembrou também que no próximo dia 25 de março, quando a Igreja celebra a Anunciação do Senhor, “celebraremos o Dia Mundial da Vida; uma vida que, graças a Nosso Senhor Jesus Cristo, pode derrotar a morte e transcender para sempre ao lado do Criador”.

“Podemos celebrar, porque estamos vivos: a partir do momento da nossa concepção, o nosso corpo e a nossa alma começaram a trabalhar de forma coordenada, gerando com isso um novo ser humano, único e irrepetível, com um nome pelo qual seremos reconhecidos por toda a eternidade”, continua.

“O mundo de hoje tem muitos desafios, e um deles é que converteu os seres humanos em massa, sem personalidade, e cada vida em algo útil ou inútil para o mundo”.

Diante disso, lamenta a Arquidiocese, “o aborto é cada vez mais promovido, como um suposto direito a decidir. Decidir o quê? Decidir sobre a vida do ser humano que está se formando no útero materno: vive ou morre, segundo os planos de vida ou a circunstância social”.

Da mesma forma, “a eutanásia é apresentada como um alívio. Um alívio para quem? Para o doente ou para a família que tem a responsabilidade de cuidar dele? Sabe-se bem que quando se ajuda um doente a sentir menos dor, o que ele menos pensa é em morrer. É preciso eliminar a dor, não o doente”.

“Por sua vez, o suicídio está em alta devido à perda de esperança nesta vida, aos problemas que chegam a angustiar uma pessoa e a um mundo frio que não acolhe, que não acompanha. Cada um de nós nos ocupamos dos nossos próprios assuntos e problemas sem fazer uma comunidade que acompanhe e ajude”.

Diante de tudo isso, destaca o editorial da Arquidiocese, “a Igreja caminha e continuará caminhando o mesmo caminho que percorreu durante dois mil anos: proclamar e defender os direitos de cada ser humano, a igualdade de todos os seres humanos em direitos”.

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