A Arquidiocese de Havana anunciou a próxima soltura de dez presos cubanos, entre os quais se encontra o nomeado ao prêmio Nobel da Paz, Dr. Oscar Elías Biscet González.

Nenhum deste grupo pertence ao grupo dos 75 da Primavera Negra de 2003. Nove deles teriam aceito viajar à Espanha, assim, após de sua liberação chega a 94 o número de réus que se trasladam à  Espanha desde a ilha.

O único que não teria aceitado sair do país é o também presidente da Fundação Lawton de Direitos humanos, o Dr. Biscet, preso desde dezembro do ano 2002 e sentenciado a 25 anos de cárcere por violar a disposição do artigo 91 do Código Penal cubano, conforme recolhe o listrado de dissidentes facilitado pela Comissão Cubana de Direitos humanos e Reconciliação Nacional.

Neste documento também aparecem cinco dos nove réus que teriam aceito viajar à Espanha após serem liberados, o que, igual que no caso anterior, lhes confere o status de presos políticos.

Deste grupo, os presos mais recentes são Juan Luis Rodríguez Desdín, encerrado desde maio de 2009 e sancionado com dois anos de cativeiro por desordem pública; René Amor González; presos desde outubro de 2005 e condenado a oito anos de cárcere por desacato e estragos; e Fidel Francisco Rangel Sánchez, encarcerado desde abril de 2003 e sentenciado a 25 anos da prisão por terrorismo.

Enquanto que os outros dois são Douglas Faxas Rosabal, detido desde agosto de 2000 e presidiário com 20 anos de reclusão por pirataria, porte e posse ilegal de armas, infração de normas relativas ao serviço de guarda combativo e furto; e Carlos Luis Díaz Fernández, encarcerado desde outubro de 1992 e condenado a 19 anos e nove meses da prisão por tentativa de saída ilegal do território nacional, evasão, desacato e desobediência.

À margem da mencionada lista, encontram-se Osvel Valle Hernández, irmão de Héctor Raúl, dissidente da Primavera Negra liberado; Jorge Luis Adán González, Randol Roca Mursuli  e Armando Alcántara Clavijo, considerados, portanto, detentos comuns.

Depois da soltura destes nove réus, seriam 94 os chegados à Espanha, 40 deles do grupo dos 75, dos quais outros oito permanecem em Cuba e quatro ainda devem ser liberados, em base ao acordo de julho de 2010 entre o Arcebispo de Havana, o Cardeal Jaime Ortega, e o Governo do Raúl Castro.