Chegam nesta semana a Salvador, na Bahia, dezenas de fiéis  vindos de várias regiões do país para prestar homenagens à Irmã Dulce e trazer suas assinaturas em prol da sua beatificação. O encontro terá como marco a missa do dia 13, domingo, que será celebrada pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo,  às 9h, pelos 13 anos de morte de Irmã Dulce, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Além da presença confirmada de peregrinos dos Estados de Pernambuco (50), Ceará (18), Rio de Janeiro (10) e Rio Grande do Sul (11),  neste ano as homenagens à Irmã Dulce contarão com a presença de 11 fiéis Italianos, da cidade de Treviglio, Norte da Itália. Comovidos com a vida heróica da freira, eles fazem em seu país um trabalho de divulgação espontânea da Causa da Irmã.

Os italianos vêm trabalhando há mais de seis anos em iniciativas e contribuições, inclusive materiais, com vistas à manutenção e perpetuação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), na Bahia.

No ano passado promoveram uma homenagem na qual distribuíram em Treviglio 1.500 flores  num ato chamado “Un fiore per Irmã Dulce” (Uma flor para Irmã Dulce), ocasião em que aproveitaram para difundir o Programa de Atenção às Crianças e Adolescentes Vítimas de Maus Tratos, desenvolvido no Hospital da Criança da OSID, desde 1998. Este programa já havia conseguido o  apoio da Prefeitura de Treviglio em 2001, e a partir de  2003 foi renovado por mais 10 anos.

À espera da Beatificação

O processo de beatificação de Irmã Dulce teve início em janeiro de 2000 através do arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo.

Em 2002, o processo encerrou a fase Diocesana e foi encaminhado à Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano. Em julho de 2003, a Congregação recebeu a Positio - documento canônico que relata a biografia e as virtudes e o resumo dos testemunhos das ações virtuosas da Serva de Deus, título concedido à Irmã Dulce pelo Papa João Paulo II no ano 2000. Na mesma época, o Vaticano reconheceu juridicamente um possível milagre ocorrido por intercessão de Irmã Dulce.

A Positio abre caminho para o Papa João Paulo II distinguir Irmã Dulce com o título de venerável, sendo o primeiro passo para a beatificação. O segundo é a comprovação de um milagre atribuído à intercessão da religiosa.

O postulador da Causa, frei Paolo Lombardo, vê com otimismo o processo de beatificação e canonização de Irmã Dulce, já que têm recebido muitos depoimentos que comprovam a virtudes da religiosa, condição fundamental exigida pela Congregação para conferir o grau de santidade. A participação popular tem sido uma das causas da agilidade do processo.