Um homem acusado de assassinar sua namorada grávida evitou ser acusado do crime de aborto por causa da nova lei aprovada em 22 de janeiro pelo Senado de Nova York e promulgada pelo governador Andrew Cuomo.

Segundo o ‘New York Post’, os promotores acusaram Anthony Hobson (48) pelo assassinato de sua namorada Jennifer Irigoyen (35) e pelo crime de aborto em segundo grau. No entanto, após a aprovação da nova lei do aborto, viram-se obrigados a rescindir a segunda acusação.

Hobson esfaqueou Irigoyen no hall de entrada do prédio onde morava no Queens. "Ele tem uma faca! Vai matar o bebê!", gritou a mulher, segundo informou uma testemunha dos fatos. Após o ataque, a mulher foi levada para o Centro Médico Wyckogg Heeights, onde os médicos não conseguiram salvar nenhum dos dois.

Um porta-voz da promotoria do Queens disse ao jornal que a acusação de aborto "foi rejeitada pela Assembleia Legislativa, e assim é a lei atualmente". Hobson foi preso no Queens na sexta-feira, 8 de fevereiro.

O ‘New York Post’ informou que o escritório de Cuomo não se pronunciou sobre este caso.

A lei do aborto em Nova York

O Senado do Estado de Nova York (Estados Unidos) aprovou no dia 22 de janeiro uma nova lei do aborto que permite esta prática durante toda a gravidez.

A lei perite que profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem e médicos assistentes, realizem abortos. Além disso, endossa o aborto tardio em qualquer momento em caso de inviabilidade fetal ou “quando for necessário para proteger a vida ou a saúde de um paciente”.

Se o bebê sobreviver ao aborto, o profissional que está realizando pode deixá-lo morrer.

A lei, aprovada no dia do aniversário da decisão Roe vs. Wade que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973, também transfere esta prática do código penal para o código de saúde.

A norma estabelece que o aborto continuará sendo legal no estado de Nova York, mesmo se a Suprema Corte reverter a decisão Roe vs. Wade.

Se a Suprema Corte reverter a decisão de Roe vs. Wade, o que poderia ocorrer após a nomeação do juiz Brett Kavanaugh, a aprovação do aborto deixará de estar nas mãos do governo federal dos Estados Unidos, mas vai depender de cada estado.

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