O Arcebispo de Monterrey e presidente da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), Dom Rogelio Cabrera, assinalou que 152 sacerdotes foram afastados do ministério nos últimos 9 anos por serem considerados culpados de abuso sexual.

Em uma coletiva de imprensa no dia 10 de fevereiro, Dom Cabrera assinalou que, destes 152, "alguns, por causa do tamanho da culpa, tiveram que ir para a prisão".

Muitos desses casos, disse, "já foram atendidos. Alguns sacerdotes infratores estão na prisão, outros já foram suspensos de seu ministério sacerdotal".

No entanto, disse o presidente da CEM, não há um número exato das vítimas desses abusadores. Portanto, uma das tarefas da Igreja no país é "levantar estatísticas", pois "no México não há centro de coleta de informações, porque cada bispo é quem enfrenta esses problemas".

"Espero que em breve tenhamos a contagem para divulgar também para a sociedade, é nosso dever dizer como estão as coisas no México", afirmou.

"Nós esperamos que depois das medidas colocadas pela Igreja de maior exigência, ou como é chamada de 'tolerância zero', diminuam os casos, os crimes e também que os bispos se Empenhem em colocar estas situações em ordem".

O prelado mexicano também destacou que, "como manda a lei, quando recebemos uma notícia dessa natureza, devemos informar imediatamente ao Ministério Público e depois o Ministério Público estabelece os caminhos judiciais".

Consultado sobre casos de abusos sexuais de sacerdotes contra religiosas, recentemente abordado pelo Papa Francisco no voo de retorno de sua viagem aos Emirados Árabes Unidos, o presidente da CEM assinalou: "Não ouvi sobre isso no México e em Monterrey também não recebi nenhuma denúncia de religiosa".

"Se alguma religiosa no México, aqui em Monterrey, for assediada por um clérigo, tem o dever de nos informar”, indicou

Sobre o projeto de reforma constitucional para abrir as portas ao aborto e ideologia do gênero no México, promovido pelo deputado Porfirio Muñoz Ledo, do partido Morena, do presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, Dom Cabrera destacou que "se há dois mandamentos no México que devemos cuidar, são não matar e não roubar".

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