Com maioria do partido do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, o Congresso do estado de Sinaloa aprovou em 8 de março, Dia da Mulher, a despenalização do aborto livre até a 13ª semana de gravidez.

Foram 28 votos a favor, 2 contra e 9 abstenções para a aprovação de reformas no Código Penal, na Lei de Saúde, no Código Familiar, no Código Civil do Estado de Sinaloa e na Lei de Acesso das Mulheres a uma Vida Livre de Violência, também estadual.

Assim, Sinaloa se junta aos estados mexicanos de Cidade do México, Oaxaca, Veracruz, Hidalgo, Colima e Baixa Califórnia, que permitem o aborto.

A votação aconteceu só meio ano depois que a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), máximo órgão judicial do México com poderes de Tribunal Constitucional, invalidou parte de um artigo da Constituição de Sinaloa que protegia a vida desde a concepção.

Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional da Família (FNF), destacou que "hoje foi aprovada uma iniciativa discriminatória, pois diz quem deve nascer ou quem deve morrer".

“Senhores legisladores: o aborto não é seguro, representa uma saída falsa onde Sinaloa perde. Perde-se a estabilidade emocional ou física de uma mulher, perde-se um bebê indefeso dentro do útero de sua mãe e nós perdemos como sociedade ao oferecer esse tipo de saídas falsas em pleno século XXI", disse ele.

Juan Carlos Balcazar, coordenador da FNF em Sinaloa, destacou que "da Frente Nacional pela Família rejeitamos o que aconteceu hoje no Congresso de Sinaloa por votar a favor da reforma que não reconhece o direito à vida e que, por sua vez, permite livremente homicídios e feminicídios pré-natais”.

"O Congresso de Sinaloa não ouviu a voz da maioria e se deixou levar por falsas ideologias que só levam à morte, no entanto, continuaremos na luta para salvar as duas vidas", afirmou Rodrigo Iván Cortés.

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