Em 1º de janeiro de 2020, o Arcebispo de Manágua (Nicarágua), Cardeal Leopoldo Brenes, assinalou que, para alcançar a paz, é necessário deixar de ver as diferenças entre as pessoas como um obstáculo, criando um diálogo sem exclusão nem manipulação.

Assim indicou o Purpurado durante o Dia Mundial da Paz na Arquidiocese de Manágua, celebrado com a Adoração Eucarística e a Missa.

Durante sua homilia, o Cardeal Brenes assinalou que, com este dia mundial, os diferentes pontífices manifestaram a cada ano sua proximidade aos que sofrem a guerra, “sua proximidade ao mundo que luta pela paz, enviando uma mensagem, que possa ser como a rota que todos podemos seguir para sermos verdadeiros construtores da paz”.

O Purpurado comentou que "a paz como objeto de nossa esperança é um bem precioso ao qual toda a humanidade aspira", sendo uma virtude que ajuda a avançar sobre os obstáculos.

"A guerra geralmente começa pela intolerância à diversidade do outro, o que incentiva o desejo de posse e a vontade de domínio", ressaltou. "Nasce no coração do homem pelo egoísmo e pela soberba, pelo ódio que instiga a destruir, a fechar o outro em uma imagem negativa, a excluí-lo ou eliminá-lo”.

O Cardeal Brenes também enfatizou que "a guerra se nutre da perversão das relações, das ambições hegemônicas, dos abusos de poder, do medo ao outro e da diferença vista como um obstáculo”.

Do mesmo modo mencionou que, para alcançar a paz, que brota do coração humano, é necessário que a política seja revitalizada "para abrir novos processos que reconciliem e unam as pessoas e as comunidades".

"O mundo não precisa de palavras vazias, mas de testemunhos convencidos, artesãos da paz, abertos ao diálogo sem exclusão nem manipulação", para ir além das ideologias e das opiniões diferentes.

Finalmente, assinalou que "somente escolhendo o caminho do respeito, será possível romper a espiral da vingança".

“Peçamos essa graça, viver este ano de 2020 com o desejo de levar os outros a sério, de cuidar dos demais, de respeitar os demais. Se queremos um mundo melhor, que seja uma casa de paz e não um campo de batalha”, concluiu.

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