A Romaria da Virgem de Zapopan, no estado mexicano de Jalisco, fez história e reuniu 2,4 milhões de devotos. Nos últimos dois anos ela foi suspensa por causa da pandemia de covid-19 e teve que ser feita de forma virtual.

O governador de Jalisco, Enrique Alfaro, disse através de suas redes sociais que este número "foi o recorde de participantes em seus 288 anos de tradição".

 

A Romaria da Virgem de Zapopan é considerada Patrimônio Imaterial da Humanidade desde 2018 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Todos os anos, seu percurso, que consiste no retorno da venerada imagem de Nossa Senhora de Zapopan, vai da catedral de Guadalajara à basílica de Zapopan.

A imagem da Virgem da Zapopan também conhecida como Generala. Este nome tem sua origem no fato de que em 15 de setembro de 1821, a Virgem de Zapopan recebeu o título de General do Exército Trigarante, que conquistou a independência do México menos de uma semana depois.

Esse exército, com o general Agustín de Iturbide à frente, chamava-se Trigarante porque lutava por três garantias: religião católica, independência e união.

As cores da bandeira trigarante – branco, verde e vermelho – representavam essas três garantias e permanecem na bandeira mexicana até hoje.

Ao terminar a peregrinação de 12 de outubro com uma missa na basílica de Zapopan, o arcebispo de Guadalajara, cardeal Francisco Robles Ortega, exortou os mexicanos a superar "muitas divisões", porque "somos irmãos, filhos do único pai Deus".

"Já temos muita violência, já temos muito rancor e vingança, divisões, não estamos felizes em viver tantas divisões", disse, segundo o site ArquiMedios, da arquidiocese de Guadalajara.

“Formamos uma única e mesma família e fomos distinguidos e marcados pelo amor infinito e misericordioso de nosso Pai”, disse ele.

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