O diretor da Fundação Vida, Manuel Cruz, denunciou um convênio assinado entre o Banco de Células Mãe da Andaluzia e a Associação Nacional de Centros Privados de Reprodução Assistida que permitirá a pesquisa com embriões congelados.

Cruz lamentou que ambas as instituições vão experimentar com seres humanos, chamando-os eufemisticamente pré-embriões, com o fim de impulsionar a investigação com células mãe, argüindo que supostamente podem curar diversas enfermidades.

"Há que recordar que a investigação com células embrionárias –que suporão a morte do ser humano– não tem suposto até agora nenhum avanço científico. Esse tempo e recursos se poderiam empregar muito bem em pesquisar com células mãe adultas, que já produziram mais de 350 aplicações clínicas na medicina regenerativa", indicou o diretor da Fundação Vida.

Ante as afirmações de que alguns embriões dos centros de fecundação artificial da Andaluzia têm congelados até dez anos e se encontram abandonados por seus progenitores, Manuel Cruz  assinalou que "nunca pode tratar um ser humano como um ser de ninguém, porque o fato de que não tenha dono, não é nunca justificável sua entrega para sua destruição".