Centenas de organizações que recebem recursos para promover o aborto se comprometeram abertamente a derrubar a defesa dos não nascidos que empreendem a Igreja Católica e o atual governo americano, e obter antes do ano de 2015 a legalização desta prática criminal em todo mundo.

As ONGs abortistas se reuniram em Londres por iniciativa da International Planned Parenthood Federation (IPPF), proprietária da maior rede de  clínicas abortistas do mundo. A intenção do evento foi comemorar os 10 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo.

A entrevista intitulada “Contagem Regressiva 2015: Saúde e direitos sexuais e reprodutivos para todos”contou com 700 participantes entre representantes das ONGs, especialistas e parlamentares de 109 países.

A diferença do documento final do Cairo, onde se introduziu o conceito “saúde reprodutiva” que logo incluiria o aborto, neste encontro as ONGs assinaram um compromisso no qual textualmente se propõem que em todo mundo haja “acesso ao aborto seguro e legal e que mulheres e homens possam decidir livre e responsavelmente sobre ter filhos e quando os ter".

"É difícil ver como o governo dos Estados Unidos e o Vaticano podem resistir mais do que resistem agora", assinalou Steven Sinding –diretor geral do IPPF- à agência Inter Press Service e acrescentou que "esperamos que esta declaração fortaleça os esforços mundiais pelo direito ao aborto."

Segundo os organizadores, a diferença essencial entre o documento do Cairo e a de Londres é que a primeira foi posta em acordo pelos governos e a segunda, por organizações não governamentais.

"Acreditam firmemente na eliminação da gravidez involuntária, mas reconhecemos que não pode se obter imediatamente. Chegou momento de formar um movimento mundial que garanta a cada mulher em cada país do mundo acesso a serviços de aborto seguro quando ela o necessitar", anunciou Sinding.

Os alvos dos abortistas são o Vaticano –que lidera nas Nações Unidas a defesa dos não nascidos- e a administração de George Bush que bloqueou os recursos federais a organizações que difundam o aborto fora dos Estados Unidos.