Um relatório publicado pela Comissão Internacional de Liberdade Religiosa assinala que a metade da população cristã que habita Bagdá fugiu a outras regiões ou ao exterior por causa do caos e da violência sectária que assola a capital iraquiano.

Segundo a organização para a liberdade religiosa, não menos de 50% deles poderia ter abandonado o país.

A agência Asociated Press (AP) recorda que o caso do líder cristão, Farouq Mansour, que faz dois meses foi seqüestrado pela Al Qaeda. Os terroristas exigiram a sua família que se convertesse ao Islã ou, do contrário, pagasse um resgate de 30 mil dólares.

Depois do pagamento do resgate e a liberação, Mansour partiu para a Síria junto com uma parte da minoria cristã do Iraque. "Não há nenhum futuro para nós no Iraque", disse Mansour.

"Embora os extremistas islâmicos tenham apontado aos cristãos iraquianos em meses anteriores, bombardeando Igrejas e ameaçando líderes religiosos, os últimos ataques tomaram um tom pessoal. Tanto é assim que alguns cristãos foram expulsos de suas casas e requisitaram seus bens", assinala a agência.

A comunidade cristã constitui aproximadamente 3% das 26 milhões de pessoas do país. Segundo os extremistas, os cristãos são um dos bastiães civis das tropas americanas no país.

Segundo o relatório, "estes grupos também sofrem a discriminação penetrante e a marginalização nas mãos dos governos nacional e regionais".