O Arcebispo emérito de Resistência, Dom Carmelo Giaquinta, assinalou em sua recente reflexão semanal que, embora sejam poucos, os sacerdotes devem ser homens do Espírito Santo, dotados de claras virtudes espirituais.

O Prelado reconheceu que os sacerdotes hoje não são suficientes, mas advertiu que é melhor que sejam poucos, enquanto contem com "uma conduta interior e um estilo de vida conforme a missão de pastoral que se abraça". "É preciso 'ser homens de boa fama, cheios do Espírito Santo e de sabedoria', como disseram os apóstolos quando tiveram que escolher a seus primeiros colaboradores", adicionou.

Dom Giaquinta destacou que "isto não compra no supermercado, nem é fruto do esforço humano. É um presente de Deus, que Ele dá quando a Igreja o pede com fé e amor".

"Para ser pastor do povo cristão há que ter vontades, mas não basta", explicou o Arcebispo Emérito. "Há que estudar Bíblia, Teologia e Pastoral, mas não basta. Há que exercitar-se em forma gradual no apostolado, mas não basta. Fazem falta muitas coisas. E há que as procurar, e melhorar permanentemente a formação que se ministra nos Seminários. Mas nenhuma delas alcança para ser um bom pastor".

Dom Giaquinta recordou finalmente que "nem sempre os cristãos, fiéis e pastores, temos consciência do mandato do Jesus de orar ao Dono do campo que envie trabalhadores a levantar a colheita. A pastoral vocacional é o esforço da Igreja inteira, fiéis e pastores, para que ao povo de Deus não faltem pastores, numerosos e Santos".

A pastoral vocacional "consta de vários elementos: seleção dos candidatos, chamado, discernimento, acompanhamento mediante uma formação integral. Mas não existe pastoral vocacional se não se ora por elas com fé e insistência, como nos ordenou Jesus", concluiu.