Um sacerdote do Zimbábue que preferiu permanecer no anonimato por razões de segurança, assinalou que "como resultado da histórica carta pastoral de nossos bispos, tanto eles como os sacerdotes nos convertemos no branco dos agentes de segurança".

No texto enviado à sede da organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) o presbítero zimbabuense explica que teve "a oportunidade de assistir à sessão plenária da Conferência Episcopal Católica do Zimbábue, em que todas as diocese compartilharam suas experiências depois da leitura da carta pastoral em nossas paróquias".

"Resulta triste comprovar que alguns sacerdotes foram presos ao pouco tempo de ler aos fieis a carta pastoral; a um inclusive o tiraram arrastado da igreja antes de terminar de lê-la", denúncia.

"Em nossa diocese, vários de nós estamos na lista negra da Inteligência Central e de outros departamentos de segurança, e agora vivemos no temor de ser presos, torturados ou assassinados. Por favor, rogamos-lhes que sigam rezando por nós enquanto lutamos por falar em nome da população sem voz do Zimbábue", conclui o sacerdote.