Sob o lema "cada vez mais, necessitamos seu compromisso. Pela Igreja, Por todos", a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) apresentou hoje a campanha de declaração de Renda para 2007 em que anima os contribuintes espanhóis a participar do sustento das obras caritativas, educativas, evangelizadoras e de culto da Igreja Católica no país.

No ato de apresentação, o Bispo de Ciudad Real e responsável pelo Secretariado para o Sustento da Igreja da CEE, Dom Antonio Algora Hernando, assinalou que esta iniciativa pretende informar os cidadãos que marcar o quadro da Igreja "não custa nada ao contribuinte", e insistir em que, "além de realizar Missa, batizar e casar, a Igreja realiza atividades formativas, cursos e outras atividades que só se conhecem parcialmente". "Queremos perder a vergonha de dizer o que fazemos, porque fazemos muito", adicionou o Prelado.

Por sua vez, o Vice Secretario para Assuntos Econômicos do órgão episcopal, Fernando Giménez Barriocanal, assinalou que a atividade assistencial que desenvolve a Igreja na Espanha supõe uma "economia" de custos para o Estado de "vários milhares de milhões de euros".

No que respeita a educação consertada, a CEE informa que a Igreja economiza ao Estado 2 bilhões e 290 milhões de euros no curso 2002/2003, através da escolarização dos 1.741.697 alunos através de centros. Em que pese a esta "economia", o Vice Secretario recordou que a arrecadação que obtém a Igreja na Declaração é por volta de 20% dos custos totais das atividades que realiza.

O lema da campanha deste ano, declarou Giménez Barriocanal, tem como fim "conscientizar" os contribuintes de que no próximo ano "a Igreja se sustentará", ao desaparecer outros complementos orçamentários que o Governo lhe destinava.

"Há porcentagem de espanhóis que não marcam a opção, o que nos preocupa. Há que melhorar o sistema técnico de atribuição tributária, e a Igreja tem que informar de forma mais potente para dar a conhecer as atividades que realiza", adicionou o vice secretario.

Responsabilidade de católicos e não católicos

O folheto da campanha distribuído pela CEE recorda que "cada vez, o sustento econômico da Igreja Católica vai ser responsabilidade exclusiva dos católicos e daquelas pessoas que valorizam seu trabalho", e afirma que "em pouco tempo o financiamento desse grande trabalho dependerá exclusivamente das atribuições que os católicos e os não católicos, queiram destinar".

O mesmo boletim indica que marcar a opção da Igreja na Declaração "não implica pagar mais impostos, na realidade só significa que uma pequena parte do que já paga se destine ao sustento econômico da Igreja".

Segundo informação proporcionada pela CEE, o número de declarantes a favor da Igreja Católica aumentou 170.686 pessoas no decorrer de 2005 em relação ao ano anterior, alcançando a cifra de 5.706.000 declarantes.