MEXICO D.F., 3 de mai de 2007 às 06:26
O Coordenador da Coalizão Parlamentária Socialdemócrata na Assembléia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), Jorge Carlos Díaz Corvo, responsabilizou à Igreja no México pelos possíveis ataques a clínicas abortistas porque, segundo o diputado, incitou a boicotar a lei.
"Existe preocupação porque possam atentar contra os hospitais, e nesse caso haveria responsabilidade da Igreja nestes atos terroristas porque chamaram ao boicote. O próprio Vaticano já lhes chamou a atenção por desorientar às pessoas e abusar dos que poucos conhecemos o direito canônico", declarou à imprensa.
Segundo Díaz Corvo, com suas declarações a hierarquia eclesiástica no México incita à violência ao dizer que "se deve boicotar a lei". Nesse sentido, disse que a carta de convite enviada ao Cardeal para ao ALDF para dialogar, não procura a reconciliação, mas se deve à "preocupação" de que aconteçam "atos terroristas" contra os promotores do aborto.
"Espero que haja uma resposta positiva à nossa petição e me pareceria delicado que a Igreja se negasse a um diálogo com a ALDF. O que fazemos é um convite a dialogar porque achamos muito delicadas as declarações no sentido de dever boicotar a lei", disse.
Na carta escrita ao Cardeal Norberto Rivera Carreira, Arcebispo Primado do México, o deputado escreve que "reconhecendo a magnitude de sua investidura, como máximo representante da Igreja Católica no México, por este meio me permito lhe solicitar possamos encontrar o espaço e tempo adequado para um diálogo aberto, respeitoso entre a ALDF e a Entidade Religiosa que você tão dignamente encabeça".
O texto foi remetido em nome dos partidos Alternativa, Partido do Trabalho e Convergência, todos promotores da despenalização do aborto no DF.