A Conferência Episcopal Chilena (CECH), convidou à sociedade em seu conjunto a “envolver-se” no estudo do projeto de lei Geral de Educação proposto pelo Governo, devido à trascendencia que terá sobre o futuro do país.

Ao término de sua 93º Assembléia Plenária, os bispos assinalaram que “ainda é cedo para emitir um julgamento mais acabado” sobre este projeto, que “merece ser estudado diligentemente em todos seus aspectos e implicâncias” a fim de “alcançar uma educação de qualidade para todas as crianças e jovens do Chile”.

“A Conferência Episcopal do Chile, como o faz habitualmente, não deixará de oferecer sua contribuição ao bem comum. Lamentamos a pouca atenção emprestada à nossa contribuição, oferecida a partir de uma vasta experiência e com a única intenção de servir ao país”, expressou o Episcopado. Acrescentou que esta é uma oportunidade para o diálogo respeitoso entre o Parlamento, Governo e cidadania.

“Valoramos tudo quanto ajude a melhorar a qualidade do ensino, e a fazer possível o acesso de todos a uma educação digna, mas é necessário que em todo este processo se excluam visões ideologizadas e se escutem as vozes de todos os setores envolvidos”, assinalou.

Nesse sentido, os bispos recordaram que existem “temas irrenunciáveis para a Igreja”, como é a defesa do “direito a uma educação de qualidade” para todos, centrada nas dimensões religiosa, moral, intelectual e social da pessoa; e que estimule “a construção de um país mais justo e solidário”. Também reafirmaram o direito dos pais “a escolher a educação de seus filhos”.

Em sua mensagem, a CECH também recordou a necessidade de “superar a pobreza e as grandes desigualdades”, que “constituem desafios sociais que não podem deixar de nos interpelar”.

Nesse sentido, chamaram “a quem tem altas responsabilidades na condução do país”, a tomar decisões que “procurem sempre o bem integral das pessoas”.

“Os cristãos estão chamados a ver Cristo nesse aluno, nesse passageiro, nesse doente, nesse irmão sem teto. E para quem optou pelo serviço público, estas pessoas devem ser a razão de seu serviço”, expressaram.