Por motivo da celebração da Missa do Domingo da Ressurreição do Senhor, o Arcebispo de Toledo, Cardeal Antonio Cañizares, advertiu que se negarmos ou esquecemos este fato se estenderá "uma visão do mundo, uma visão do homem, uma visão de Deus, um conceito do mundo e da realidade completamente diferente da revelação cristã, válida e universal para todos".

"Isto está sendo um dos acontecimentos mais graves do momento que vivemos", assegurou o Primaz espanhol, quem pediu "que a Páscoa de Cristo nos libere de toda *propensão ao cepticismo e ao relativismo ou à negação da verdade*, como se estes fossem valores e lucros".

A respeito, o Cardeal pediu que a Páscoa de Cristo "nos libere da *superficialidade
de pensar que todas as visões das coisas são aceitáveis*, que valem o mesmo e são indiferentes todos os modos de conceber ao homem e ao mundo, que todas as antropologias e cosmovisões são válidas, que todas as religiões são iguais ou que toda maneira de viver e atuar merece igual consideração".

Em outro momento de sua homilia, o Cardeal assinalou que "em nossos dias estamos assistindo, impassíveis e cegos, ante o emergir de uma *nova antropologia* que se eleva contra a realidade das coisas, que é fruto do uso da liberdade humana, levada esta a limites abismais, e que se expressa, por exemplo, na chamada *ideologia do gênero*".

Outra expressão dessa nova visão do ser humano, acrescentou, é "a re-interpretação que, desde organismos internacionais e desde legislações ou novas concepções do direito, fazem-se dos mesmos *direitos fundamentais do homem*".