Os bispos da Província Eclesiástica de Monterrey expressaram sua preocupação e rechaço ao projeto de despenalização do aborto no México DF, que será votado em 24 de abril e cujos promotores ameaçam estendendo para todo o país.

Através de um comunicado, os prelados se solidarizaram com quem se opôs ao projeto do Partido da Revolução Democrática (PRD) com "ações concretas" e rechaçaram "os sofismas que pretendem justificar o aborto, argumentando que se trata de um problema de saúde pública, para procurar o bem da mulher, com direito a decidir sobre seu corpo, além de argüir a diminuição dos abortos clandestinos".

Depois de reafirmar o direito à vida de todo ser humano, os bispos recordaram que "existem bases científicas sólidas" que demonstram que depois da concepção aparece um novo ser "com um projeto original que não se repetirá jamais". "O aborto provocado não é válido em nenhum caso, já que se eliminaria uma nova vida humana", assinalaram.

Nesse sentido, afirmaram que "corresponde à Igreja, às autoridades civis e à sociedade inteira, enfrentar as causas que propiciam a decisão de abortar, e dar atenção médica, psicológica, espiritual e material às mulheres em situações críticas de gravidez, vítimas de abuso, ou do desespero e da pobreza".

Por isso, os prelados mexicanos reiteraram seu compromisso de criar e implementar "mais centros de acolhida, atenção e prevenção" para as mulheres que "são violentadas e discriminadas".

"Louvemos a Mãe que nos deu a vida e agradeçamos que tenha compartilhado conosco este formoso dom, e convidamos a todas as mulheres a não sucumbir à decisão de levar a morte a um inocente, apesar das adversidades que tenha que confrontar. Solidarizamo-nos com vós, mulheres, que com valentia e firmeza sois sinal de amor pela vida em nossa sociedade", expressaram os bispos.