O Comitê Nacional Pró-vida advertiu que a cifra de 30 mil abortos anuais que se realizam atualmente na capital aumentaria para mais de 150 mil se a Assembléia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), decide despenalizar esta prática.

O presidente do Pró-vida, Jorge Serrano Limón, deu esta informação ao anunciar que enviou uma carta ao Chefe de Governo do México DF, Marcelo Ebrard Casaubón, pedindo que desista de seu projeto de despenalizar o aborto através da ALDF, controlada pelo Partido da Revolução Democrática (PRD), ao qual pertence o funcionário.

Do mesmo modo, depois de advertir que em 2006 morreram em todo o país 96 mulheres por causa de abortos clandestinos e não 1.600, como indica o projeto de lei; Serrano Limón expressou que ao legalizar-se esta prática, se tratará de uma "lei de sangue" que acabará com a vida de milhares de mexicanos.

"No caso de firmarem a lei, será a lei que derramará sangue e esse sangue que se derramará será o sangue de nossos filhos, o sangue de milhares de mexicanos inocentes, o sangue de pessoas que covardemente serão massacradas", expressou no texto. Acrescentou que "essas vidas serão responsabilidade de Ebrard e os congressistas".

Serrano Limón assinalou que Ebrard está "traindo o voto de confiança" dos mexicanos. "Legalizar o aborto é uma verdadeira traição, além de ser o mais covarde dos crimes que atenta contra a vida de um inocente e atenta contra a dignidade das mulheres, causando danos irreversíveis".

Nesse sentido, indicou que em vez de empurrar às mulheres ao aborto, deve dar-lhes "opções de vida para resolver as pressões psicológicas, sociais, econômicas e de saúde que lhes afligem".

Por outro lado, o presidente do Pró-vida anunciou uma campanha de resistência civil centrada em uma controvérsia constitucional ante a Corte Suprema, assim como exortar aos médicos para que se oponham a realizar abortos.