O Prefeito do Distrito Federal (DF), Marcelo Ebrard, qualificou de "nazista" e "fascista" a líder da organização Pró-vida, Jorge Serrano Limón, que se opõe a despenalização do aborto irrestrito até a 12ª semana de gestação no país.

"Serrano Limón sempre foi um nazista, é um fascista", disse Ebrard do Partido da Revolução Democrática (PRD), ao ser consultado pela imprensa sobre o líder pró-vida.

"O dizer que vamos pagar a custo de sangue é muito delicado e o tiramos de quem vem; esse tipo é um fascista", reiterou o Prefeito que apóia o projeto anti-vida para eliminar os não nascidos até a 12ª semana de gestação de maneira irrestrita.

Ebrard disse que quem vai tomar a decisão sobre a despenalização do aborto "é a representação legítima da cidade, pois são os deputados da Assembléia, que foram eleitos pelo povo".

"Essa é a decisão que vai ser respeitada e fazer valer na cidade", acrescentou e comparou esta situação ao debate que suscitou a recente aprovação da lei anti-família de Sociedades de Convivência, que outorga uma série de direitos às uniões homossexuais e abre as portas para a legalização do mal chamado "matrimônio" gay.

Há uns dias, o editorial do Sistema Arquidiocesano do México (SIAME) denunciou que Ebrard Casaubon, "não se dignou reconhecer o Presidente Constitucional do México, porque considera que foi eleito em condições pouco claras, quando ele foi imposto como candidato de seu partido acontecendo por cima da vontade dos perredistas" e "utilizou todo os participantes desse partido e enormes recursos do anterior governo do D.F. para avassalar na capital do país, abusou dos métodos corruptos e anti-democráticos por todos conhecidos do partido que governa atualmente o Distrito Federal e, finalmente, ele foi eleito na mesma luta que diz desconhecer".

"Na atual discussão sobre o aborto, se não é capaz de ser congruente com seus princípios, pelo menos deveria esperar prudentemente para que a sociedade se expresse", afirmou o editorial da mencionada publicação.

No passados, Serrano Limón chamou de "covardes" os legisladores do Distrito Federal e convocou uma campanha de desobediência civil em resposta aos comentários de alguns congressistas que solicitaram à Igreja Católica que não se misture ao debate.