O Primeiro-ministro britânico, Tony Blair, advertiu hoje ante a Câmara dos Comuns a necessidade de encontrar uma fórmula que empeça que os casais de homossexuais se sintam discriminados na hora de adotar crianças e que permita, de uma vez, às agências católicas seguir fazendo "seu magnífico trabalho", algumas declarações que coincidem com o debate que hoje se deu na Câmara dos Lordes sobre as novas normas das agências de adoção.

Durante sua intervenção ante os Comuns, Blair disse que "terá que encontrar a forma de impedir a discriminação e finalmente permitir às agências católicas que sigam realizando o magnífico trabalho que realizam". "É um equilíbrio muito difícil que é importante procurar", declarou Blair.

O assunto tratado pelo primeiro-ministro centra a polêmica do país, depois que o responsável pela igreja Católica na Inglaterra e Gales, o cardeal Murphy O'Connor, advertisse hoje que "ainda está por ver" se a Igreja cooperará com as mudanças postas em marcha pelo Governo.

As medidas propostas entrarão em vigor na Inglaterra, Gales e Escócia em 6 de abril e obrigarão às agências religiosas a dar crianças em adoção a casais homossexuais. O cardeal O'Connor assegurou hoje que os planos do Governo poderiam provocar o fechamento de suas sete agências. "É uma tremenda tragédia que poderia evitar-se", declarou.

O Primeiro-ministro britânico, Tony Blair, assegurou que estas agências terão 21 meses para adaptar-se às novas leis e que as agências de adoção da igreja não serão uma exceção no cumprimento das normas que estabeleça o Governo.