A poucos dias dos deputados do Distrito Federal da Cidade do México debatam um projeto legislativo que despenalizaría o aborto nesta cidade, o Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán, recomendou aos mexicanos que "comprometam-se mais para viver melhor e não para morrer".

No dia 14 de março, dia inaugural da Expo Saúde Veracruz 2007 que aconteceu no México, o Cardeal condenou aos que pretendem aprovar a prática do aborto, e insistiu no fato de que o mau chamado "interrupção da gravidez" é um "assassinato" pois "mata as pessoas", informa a agência vaticano Fides.

Em sua exposição "além da ética médica", o Cardeal denunciou deste modo que no México, Espanha, Argentina e Itália estão dando "passos falsos" a favor do aborto, da eutanásia e do "matrimônio" entre pessoas do mesmo sexo.

Em uma coletiva de imprensa, o Cardeal Lozano recordou que não existe elemento algum que demonstre que não haja vida do primeiro momento da concepção e enfatizou que não se trata de uma crença mas sim "de questões científicas e biológicas".

Nos anos passados, o Congresso do Distrito Federal despenalizou o aborto em caso de má formação, violação e quando estivesse em perigo a vida da mãe. Desta vez, a nova iniciativa amplia a possibilidade da livre prática do aborto até as 14 semanas de gravidez.

A Arquidiocese de Cidade do México anunciou que em 25 de março, data em que cada vez mais países celebram o Dia do Nascituro, acontecerá uma peregrinação contra o aborto à Basílica de Guadalupe, ao final da qual se celebrará uma Missa presidida pelo Arcebispo desta cidade, Cardeal Norberto Rivera.