A Federação Espanhola de Associações Provida divulgou um comunicado onde manifesta seu "profundo desgosto e preocupação pela morte de Inmaculada Echevarría" e explica que se tratou de "um claro caso de eutanásia passiva" ao implicar a "omissão de um meio proporcionado e necessário".

Segundo esta entidade a Echevarría "se desconectou o respirador no processo normal de sua enfermidade, isto é um dado muito importante, não tinham mudado as circunstâncias médicas, a desconexão se produziu só pela petição da paciente. As conseqüências desta decisão podem ser mais graves do que muitos acreditam, e sabem bem os que tomaram este caso como bandeira".

"Somos conscientes da dureza da situação de Inmaculada, como o é a de tantos doentes com distintas patologias, às vezes mais graves que a sua e lamentamos que esta mulher não tivesse recebido a ajuda necessária para aceitar a enfermidade e sentir que sua vida, de portadora de necessidades especiais, é tão valiosa como a do mais são. É triste saber que seu filho e os pais adotivos de este, ao inteirar-se de sua situação quiseram cuidá-la e querê-la e não aceitou esta ajuda. Não julgamos a Inmaculada, mas sim sua decisão, a das autoridades sanitárias e a de todos os que estiveram atrás dela", adiciona.

No texto, assinado pela presidente da entidade, Alicia Latorre, afirma-se que "a filosofia de fundo que motivou a decisão de retirar o respirador, sob aparência de compaixão, é profundamente injusta e não tem nenhuma justificação ética".

"Desde a Federação Pró-vida insistimos aos poderes públicos e a toda a sociedade a proporcionar a todos os doentes um cuidado integral e um apoio real em todos os níveis segundo sua enfermidade. Deste modo é necessário orientar e ajudar às famílias que atravessam circunstâncias muito difíceis quando algum de seus membros sofre determinadas enfermidades. A solução nunca pode ser eliminar o paciente, nem diretamente nem retirando os meios ordinários e necessários para a vida", conclui.