Ante o debate sobre a legalização do aborto que se vem tendo na Assembléia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), o porta-voz do Arcebispado do México, Hugo Valdemar, alertou que alguns grupos políticos querem converter ao povo mexicano em uma sociedade homicida, quando majoritariamente não aprova esta prática.

Valdemar assinalou que os legisladores do Partido pela Revolução Democrática (PRD) "não querem entender que não é certo que o povo apóie essas reformas e tampouco que a esquerda seja maioria no país", ao assinalar dados da pesquisa Mundial de Valores, que arroja que por cento da população tem essa tendência.

Adicionou que é "lamentável pretender converter o povo mexicano em uma sociedade homicida legalizando o aborto pelo simples fato de que a mulher considere que a gravidez é um estorvo para seu desenvolvimento pessoal".

O porta-voz do Arcebispado indicou também que o fato de que "nos diálogos para esta reforma os deputados perredistas não tenham convidado representantes da Igreja, demonstram que infelizmente ainda não esqueceram as práticas antidemocráticas".

"Não se trata de que a Igreja Católica tente impor sua doutrina e sua moral a toda a sociedade. Aqui não se trata de ideologias, aqui está para por meio a vida e nos preocupa porque uma sociedade que mata seus cidadãos é uma sociedade profundamente pervertida e vai a sua destruição", anotou.

Finalmente, Hugo Valdemar expressou que os legisladores católicos devem recordar que em sua recente Exortação Apostólica, Sacramentum Caritatis, o Papa Bento XVI pediu a todos os políticos cristãos opor-se a leis perversas como as que permitem o aborto.