A Comissão de Família e Defesa da Vida da Conferência Episcopal Peruana, recordou a urgência de defender o ser humano concebido sem importar as circunstâncias nas quais este chega e denunciou como uma fraude a eventual legalização do aborto no país.

Por ocasião do Dia da Criança por Nascer, que no Peru se celebra a cada 25 de março, a Comissão difundiu a mensagem intitulado "Ama, Celebra e Defende a Vida" onde reitera o chamado da Igreja a acolher "o grande e misterioso dom da vida que brilha em cada ser humano, especialmente naquele que está em espera de nascer".

Depois de explicar que o ser humano "começa a existir como tal no momento da concepção, quando é só uma célula apenas", a mensagem adverte que "as circunstâncias que rodeiam este fato podem ser variadas, até dramáticas: o novo ser pode ser querido ou não desejado, possivelmente não esperado; estar no seio materno ou em uma lâmina de laboratório, possivelmente em um congelador; ter sido gerado por amor ou na violência, no calor de um lar ou na frieza de uma irresponsável inconsciência. Mas nenhuma destas circunstâncias modifica a verdade científica, que se mantém incólume e não muda: estamos frente a um ser humano, tão valioso como a gente já nascido".

Do mesmo modo, o texto aborda o contexto latino-americano marcado pela ameaça cada vez mais agressiva e insistente da despenalização e legalização do aborto, apresentado sob a mascara de 'terapêutico', proposto inclusive como 'solução' ao drama da gravidez que leva uma criança com má formação ou que é fruto de uma violação. Mas apesar da máscara com que é coberto, o aborto 'terapêutico' seguirá sendo o assassinato de um ser humano nas mãos de outro".

"Deixemos-nos interpelar pela verdade. A morte não pode trazer paz à sociedade, menos ainda ao coração da mulher, da mãe. A legalização do aborto é uma fraude, não soluciona nada. Trabalhemos juntos com soluções autênticas e realistas aos problemas sociais e ao drama humano de enfrentar uma gravidez difícil. A justiça e a reconciliação nacional não vão alcançar a custa da vida de peruanos inocentes e indefesos, somente com um 'sim' generoso ao amor autêntico e à verdade sobre o homem e dos desígnios de Deus para ele", conclui.