O New York Times (NYT) rechaçou publicar uma carta enviada por Julia Regina de Cardeal, em que a líder pró-vida destaca uma série de enganos adicionais na reportagem apresentada pelo jornal que promovia a despenalização do aborto em El Salvador com informação manipulada e enganosa.

Conforme informa John-Henry Westen do LifeSiteNews.com, o NYT "rechaçou corrigir em uma história repleta de falsidades sobre o aborto em El Salvador no mês passado" que o "principal jornal em El Salvador levou a público".

"Em tal reportagem, escrita por Jack Hitt, afirmava-se falsamente que há mulheres cumprindo condenações de até 30 anos por ter cometido um aborto, sob a acusação de infanticídio", disse Western e afirmou que "quando LifeSiteNews.com proporcionou documentos da corte demonstrando que tal afirmação era falsa, o editor do NYT corrigiu a reportagem e a crescente pressão pública forçou a uma correção oficial dos editores do NYT".

Entretanto, Cardeal enviou uma carta com mais correções ao NYT que este jornal não quis publicar. Nela, a Presidente do 'Si a la Vida' (Sim à Vida) explicou que "os repórteres salvadorenhos que investigaram o assunto dos julgamentos por aborto disseram que nos últimos sete anos encontraram que apenas três mulheres foram condenadas por terem se submetido a esta prática e que nenhuma delas está na prisão".

Enquanto que a reportagem do NYT tentava "pintar uma situação horrível para as mulheres em um país com leis pró-vida", diz Western, Cardeal afirma em sua carta que "os números do governo mostram que a mortalidade materna decresceu nos anos que seguiram às leis que permitiam cada vez menos o aborto. As mulheres estão mais seguras graças a nossas leis".

Além disso, a líder pró-vida denunciou que a reportagem do NYT apresentava uma falsa imagem da fiscal encarregada do caso da Karina del Carmen Herrera Clímaco, condenada a prisão por estrangular a sua filha recém-nascida, e não por ter abortado, como falsamente afirmava Hitt na reportagem.

"A fiscal Flor Evelyn López explicou que em algum momento logo depois da entrevista com Hitt, recebeu uma chamada de uma mulher que acreditava estava traduzindo para ele e perguntou se tinha uma cruz de prata com sua respectiva corrente. Quando disse que sim as tinha, a mulher que ligou pediu que as descrevesse, coisa que fez", explicou a Presidente de 'Si a la Vida'.

Cardeal conclui: "Essa descrição terminou no artigo de Hitt, como se (López) tivesse usado a cruz e a corrente durante a entrevista. A descrição do modo como penteou o cabelo também foi alterada , dando o que muitos considerariam uma aparência mais conservadora, religiosa e menos atrativa".