O Pe. Sergio Casas Silva, ganhador da 18º Festa Nacional do Mate realizada no Paraná e estudioso do tema, afirmou que o mate com bombilha nasceu nas missões jesuítas, um costume que adotaram os guaranis logo que tiveram contato com os missionários a fins do século XVII.

“Quando os jesuítas chegaram a estas terras, em 1692, os guaranis já conheciam a erva mate e tomavam como infusão. Mas o mate com bombilha foi um produto da época em que os guaranis tiveram contato com os jesuítas”, afirmou o também jornalista e condutor de programas radiais ao Jornal do Paraná.

O sacerdote, membro do Instituto Mater Boni Concilii, com sede em Turim (Itália), relatou que os jesuítas também “ensinaram a cultivar a erva mate em grandes extensões. Tudo isso depois se perdeu quando a ordem foi expulsa da América, por razões políticas e não religiosas”.

Do mesmo modo, disse que existe a advocação Mariana “que se chama Nossa Senhora do Mate”, em que “um sacerdote fez um desenho da Virgem Maria vestida de patrícia com um mate na mão”. Entretanto, esclareceu que “não é uma advocação oficial da Igreja”.

A 18º Festa Nacional do Mate se realizou a princípios de fevereiro e serve para escolher o melhor cevador e ao melhor tomador. O Pe. Casas Silva, que ia ao evento na qualidade de jornalista, ao final se animou a participar e foi premiado como melhor cevador.

“Eu me dizia que se não me via tão em desvantagem, talvez participasse, mas era mais por curiosidade que por ganhar. Logo me decidi, me classifiquei e logo tive a final com Blas Zapata (segundo lugar), que foi muito renhida como certo”, recordou.