O Arcebispado de Santiago de Compostela pediu aos párocos da arquidiocese galega, “em sintonia com as normas canônicas”, vetar como padrinhos a “pecadores notórios e a aquelas pessoas que provocaram escândalo público por sua vida ou conduta moral”.

Ao publicar em seu boletim oficial um elenco de disposições para celebrar os sacramentos durante o ano em curso, o Arcebispado recorda que para a seleção de candidatos, os pais de crianças “não devem deixar-se guiar unicamente por razões de parentesco, amizade ou prestígio social”.

Pelo contrário, sublinha, devem escolher com seriedade a quem, “em seu dia, sejam capazes de atuar eficazmente na educação cristã” dos menores. Deste modo, afirma o documento, se evitará que o apadrinhamento “se converta em uma instituição de puro trâmite e formalismo”.

“Pública e privadamente”, escolhidos têm que levar uma vida congruente com a fé da Igreja”, afirma o boletim que comunica aos párocos a proibição de permitir que assumam esta responsabilidade os casais de fato, os não confirmados, casados apenas pela via civil, os não praticantes e aos que, tendo transitado os caminhos do Senhor, nestes momentos renunciaram a continuar por esse caminho.

A diretiva diocesana recomenda aos párocos que, em caso de dúvida sobre a idoneidade dos nomeados para assumir o apadrinhamento, “podem ser úteis” métodos de preparação como as visitas a seus domicílios, entrevistas com eles nos templos, oferecer folhetos, promover reuniões familiares e facilitar o acesso a livros de catecismo.

“De cara a prevenir situações anômalas, é necessário que o sacerdote, quando não tiver conhecimento direto dos propostos, solicite a apresentação de atestados de batismos”, acrescenta.