O Presidente da Conferência Episcopal Porto-riquenha, e Arcebispo de San Juan, Dom Roberto González Nieves, expressou a oposição da Igreja Católica no país a equiparar as uniões homossexuais ao matrimônio, advertindo que isso obscureceria os "valores fundamentais que pertencem ao patrimônio comum e originário da família humana".

Durante sua apresentação no Senado, que discute a reforma do Código Civil, Dom González Nieves explicou que tal equiparação afetaria a fibra moral da sociedade. Assinalou que a Igreja não rechaça os homossexuais como pessoas que são, mas recordou que o homem não pode redefinir a natureza criada por Deus.

"Algumas disposições do Código Civil romperiam irreversivelmente a dignidade da pessoa humana e atentariam contra a integridade da família porto-riquenha", advertiu.

O Prelado fez estas declarações ao ir às "vistas" organizadas pela Comissão Conjunta para a Revisão e Reforma do Código Civil do Senado, cujos Presidentes, Jorge De Castro Font e Liza Fernández, expressaram publicamente que não estão de acordo em legislar a favor das uniões consensuais, sejam heterossexuais ou homossexuais.

Ante isto, o senador José Emilio González propôs que se eliminassem estas reformas do rascunho porque não tem sentido discutir algo que não vai se passar. Entretanto, isso foi descartado pelo resto de legisladores, entre eles o próprio De Castro Font, para deixar que todas as partes envolvidas opinem sobre o texto, afirmaram.

As discussões sobre a reforma do Código Civil no tema de família se realizarão todas as quartas-feiras até fins de março.