Um dos maiores líderes pró-vida nicaragüenses e Presidente da Associação Nicaragüense pela Vida (ANPROVIDA), o Dr. Rafael Cabrera, revelou o perseguição abortista por parte de distintas organismos e autoridades internacionais sobre o país centro-americano por ter consagrado o direito à vida do não nascido.

Logo depois de afirmar que a decisão de penalizar o aborto terapêutico não foi uma decisão precipitada ao calor das eleições como afirmam alguns, mas sim uma "luta que faz dez anos", o médico disse sentir-se "ofendido pela intromissão de embaixadores, organizações internacionais, como a ONU, que estão invadindo nossa soberania, ameaçando com a suspensão de ajuda econômica se não se fizer o capricho deles".

O Dr. Cabrera indicou depois que a qualificação de "imperdoável" que deu o oficial da União Européia, Marc Litvine, a não debater o aborto terapêutico fora das eleições, é "ignorância absoluta, falta de respeito à vontade do povo nicaragüense, com posições elevadas contra os pobres e os países pobres. Acreditam que o que fazem em seus países nós temos que copiá-los. Eu não posso aceitar uma frase de uma pessoa que ignora a situação, ignora a história".

Seguidamente demarcou que a distinção que fazem entre aborto e aborto terapêutico os abortistas internacionais como Litvine é amostra de ignorância, já que o "aborto é a eliminação de um bebê vivo do ventre da mãe e ponto. O aborto terapêutico é um 'condimento' que fazem para provocar essas normas por qualquer razão".

Do mesmo modo, o Presidente do ANPROVIDA denunciou que o aborto é "um negócio milionário" relacionado com "a questão genética, a questão de células mãe, a fabricação de vacinas que estão saindo de tecidos de fetos abortados. E como na Europa estão pondo muitas restrições à implementação genética, então: que melhor campo, aqui, para vir a recolher tecidos para estes países com nossa pobreza".

O Dr. Cabrera destacou que para os abortistas a penalização do aborto é preocupe-se "porque acaba o negócio" e afirmou que "o exemplo da Nicarágua está repercutindo na América Latina. Já no Equador houve manifestações fortes, na República Dominicana, e então dizem: terá que afogar a Nicarágua para que outros não se revelem, para que os países pobres não se elevem e sigam dominando".

Relatório da OPS "engana e manipula"

Depois de expressar que com a penalização do aborto "perderam as ONG, porque muitos deles já não têm estes negócios", o médico denunciou o "relatório" da Organização Pan-americana da Saúde (OPS) que "manipula e engana, fazendo acreditar que são abortos terapêuticos, coisas que não são abortos terapêutico" violando assim "a Constituição que diz que os nicaragüenses têm direito a ser verazmente informados".

Cabrera advertiu que a OPS "depende da Organização Mundial da Saúde e de Nações Unidas, que são as organizações que mais favorecem o aborto no mundo. Uma organização que supostamente está destinada para o benefício da humanidade, está procurando como não nasçam crianças. E nisto está envolvido o Banco Mundial, o IMF, UNICEF e o PNUD".

"Não mataria meu neto"

Ao ser consultado de maneira pessoal sobre o que faria se sua filha estivesse grávida e tivesse complicações, o Dr. Rafael Cabrera disse que "definitivamente eu não vou matar meu neto. Jamais. E se minha filha ou minha esposa estivessem com um problema severo, eu luto pelas duas vidas. E, a luta chega até onde chegam as máximas capacidades. Não somos infalíveis, não somos deuses, mas não vamos arrancar uma vida, e destruí-la voluntariamente".

Seguidamente disse que a penalização do aborto "a título profissional é um grande lucro, porque se defende a vida do mais inocente, do mais vulnerável, do mais débil, do mais pobre entre os pobres dos nicaragüenses. Estamos tirando das garras que querem arrebatar essa vida. A vida é sagrada".