"É tempo já de que a lapidação mediática contra Jorge Serrano Limón, líder da organização Pró Vida, chegue a seu fim", assinalou o colunista Esteban Zamora, ao indicar que as investigações feitas pela Secretaria de Fazenda e Crédito Público e a Procuradoria Geral da República, demonstraram que não houve mal uso de recursos públicos e que a campanha montada contra o líder pró vida se apoiou em calúnias.

"A história é conhecida: A Secretaria de Saúde e (o Comitê Nacional) Pró Vida estabeleceram no ano de 2003 um convênio mediante o qual a Secretaria se comprometia a entregar 30 milhões de pesos ao Pró Vida e esta instituição fundaria 10 centros de atenção à mulher", recordou Zamora em sua coluna intitulada "O fim do linchamento", publicada pelo Notimex.

O acordo foi renovado em 2004 graças ao êxito que teve. Entretanto, esse ano começou a polêmica no país pela inclusão da pílula do dia seguinte nas políticas de saúde públicas, algo que foi denunciado por Pró Vida e que provocou que, "sem prévio aviso", lhe deixassem de entregar "os recursos que lhe tinham sido autorizados".

Entretanto, a represália não terminou aí, mas sim "desatou uma campanha orquestrada entre as organizações abortivas e elementos da esquerda radical para acusar o Pró Vida de desvio de recursos", sob o pretexto "ridículo" da compra de três roupas de banho femininas a 35 pesos cada uma, "adquiridas por uma mulher humilde que recebia ajuda em um dos centros para comprar roupas e mantimentos".

"Os 105 pesos que representam o custo dos três prendas, que não foram compradas às escondidas mas sim a compra foi documentada, equivalem aos 0,0000035% dos 30 milhões recebidos", assinalou Zamora. Entretanto, segundo Serrano Limão, não há notícias de que a Secretaria de Fazenda e Crédito Público, ou Secretaria da Função Pública tenham auditado os 570 milhões de pesos que receberam as organizações abortistas em 2003.

Como resultado do escândalo, multou o Pró Vida com 13 milhões de pesos e Jorge Serrano foi inabilitado para exercer qualquer cargo público, além de embargar-se sua casa e móveis.

"Para Serrano Limón, o mais grave do alvoroço informativo" foi que "se deixaram de salvar as vidas de 12 mil crianças como conseqüência do obstáculo imposto nas atividades do Pró Vida", expressou Zamora.

Nesse sentido, qualificou de "monstruoso" que se alente e se premie a quem promove o aborto e se persiga a quem se opõe, quando, segundo dados do Conselho Nacional da População, esta prática elimina cada ano a cerca de cem mil crianças por nascer.

"Serrano Limón, em sua defesa da vida, teve o jogo de fazer frente a interesse econômicos e políticos muito poderosos: a multimilionária indústria internacional do aborto, os grupos que promovem a cultura da morte e quem, infelizmente, patrocinam e apóiam as altas esferas do poder público", afirmou.

Mais informação sobre o Comitê Nacional Pró Vida em http://www.comiteprovida.org/