“Nem todos os que estiveram nas listas foram colaboracionistas, muitos foram falsamente acusados e a imprensa dispersou estas acusações”, indicou o Arcebispo de Praga, Cardeal Cardenal Miloslav Vlk, logo depois da reunião que o Papa Bento XVI sustentara em Roma com os bispos e amigos do Movimento dos Focolares.

Do mesmo modo, o Cardeal indicou que esta situação se dá, “enquanto os membros da polícia secreta ainda têm escritórios na administração pública. A Igreja é acusada para distrair a atenção” das responsabilidades de quem de fato foi parte do governo comunista no princípio dos anos 90.

“Em minha diocese, de 500 sacerdotes, 45 foram colaboracionistas. Mas todos os sacerdotes suportaram muita pressão e chantagens, inclusive ameaças de martírio. Nem todos são feitos de heroísmo. Os dois ou três padres que cometeram crimes maiores já foram expulsos”, explicou o Cardeal que foi encarcerado durante o regime comunista e que foi obrigado a viver como limpador de janelas logo depois de sua libertação.

A Igreja na República Tcheca realiza atualmente uma inspeção interna para sanear este assunto.