A associação de professores Educação e Pessoa manifestou seu rechaço à disciplina “Educação para a Cidadania” contemplada na nova lei educativa impulsionada pelo Executivo espanhol e descartou que seja legítimo “usar a escola como instrumento de transmissão ideológica de valores por meio de uma disciplina obrigatória e avaliável”.

Através de um manifesto, a associação de docentes assegura que “com a desculpa de formar bons cidadãos para uma sociedade democrática e pluralista o governo tenta impor certo programa ideológico” e recordam que “o estudo do sistema democrático, a Constituição e a reflexão sobre os valores de solidariedade e igualdade já estavam incluídos no currículo das disciplinas de Ética, Filosofia e Ciências Sociais”.

Depois de criticar que a nova disciplina supõe uma “intromissão ilícita no direito dos pais a educarem seus filhos em suas próprias convicções morais e religiosas”, tal como indica a Constituição espanhola, os professores lamentam que suponha “uma diminuição horária considerável em outras disciplinas muito necessárias”.

Por isso, Educação e Pessoa denuncia que não é legítimo “impor um determinado sistema de valores e fazê-lo passar por universal quando não o é”; “usar a escola como instrumento de transmissão ideológica de valores por meio de uma disciplina obrigatória e avaliável”; que “o Estado substitua às famílias em seu trabalho educativo” e que “aos docentes nos force a ministrar conteúdos que violentam nossas consciências”.

Os profissionais que queiram aderir ao manifesto da Associação de professores Educação e Pessoa podem escrever a educacionypersona@gmail.com.