Um documentário televisivo gravado em segredo no interior de numerosas mesquitas da Grã-Bretanha "revela" que vários imanes britânicos pregam o ódio a judeus e cristãos, a submissão da mulher e a supremacia islâmica.

Conforme informa o jornal espanhol La Razón, o programa "Dispatches", do canal britânico Channel 4, emitiu no dia 15 de janeiro o documentário do jornalista Robert Spencer onde não são poucas as entrevistas textuais que vêm causando polêmica e a tentativa de parte dos muçulmanos de defender-se.

As mulheres constituem um dos temas de predicação dos líderes muçulmanos. "Alá dispôs que a mulher fora intelectualmente deficiente, inclusive as que contam com um doutorado. Assim a criou. Sua mente é deficiente, está incompleta. Sobem-lhes os hormônios à cabeça. Necessitam dois testemunhos de mulher para compensar o testemunho de um homem", argumenta um dos imanes na reportagem.

O jornal espanhol assinala que "as imagens, gravadas em sua maioria na mesquita de Green Lane, em Birmingham, mostram ao imane local arengando aos fiéis para que obriguem a suas filhas ‘a levar o hiyab dos dez anos, e às golpear se não o levarem’. ‘Os homens mandam sobre as mulheres. Em qualquer lugar que ele vá, ela deve seguir-lhe, e não deve permitir que saia de casa sem a permissão dele’, acrescenta".

Também existe um peculiar discurso sobre a democracia ocidental: "Devem viver como um Estado dentro do Estado até que tenham o controle (do Estado)"; "queremos que se apliquem as leis islâmicas e anulem as elaboradas pelo homem"; "Alá disse: ‘E eu dominarei’. Certamente, trata-se de domínio político".

La Razón recolhe outros argumentos esgrimidos pelos imanes na reportagem de Spencer: "os muçulmanos não devem conformar-se vivendo em um lugar que não seja o Estado islâmico total"; "vos precatório a estar entre eles, a que comecem a cultivar-lhe para quando chegar o momento, e chegará logo, em que as voltas mudem e os muçulmanos estejam em posição de obter o poder. Quando esse momento chegar, a gente já não será assassinada injustamente".

Por sua parte, o agrupamento Markazi Jamiat Ahl-E-Hadith, uma das mais importantes na Grã-Bretanha, emitiu um comunicado em que tratava de defender-se afirmando que "é extremamente decepcionante, mas absolutamente surpreendente, que o programa ‘Dispatches’ tenha decidido retratar os muçulmanos da pior maneira possível" e considerou que "esta suposta investigação com câmara oculta" leva apenas a "fomentar os prejuízos contra os muçulmanos".