O Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Luis Augusto Castro, pediu ao Presidente Álvaro Uribe e aos partidos de oposição para deixarem de se acusar sobre supostas relações que ambas as partes teriam com grupos armados porque isso só gera um clima de mais violência”.

O Partido Liberal Colombiano (PLC) e o Pólo Democrático Alternativo (PDA), acusam ao mandatário de “lassidão” com as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), e afirmam que familiares seus teriam vínculos com os paramilitares. Por sua parte, Uribe acusou seus opositores de terem “uma torcida favorável à guerrilha” e inclusive os chamou de “terroristas de traje civil”.

Ante isso, Dom Castro exortou a deixarem de lado a linguagem violenta e se comprometerem na criação de “um clima diferente do atual, um clima de reconciliação, que é a base para construir processos de justiça, verdade e reparação”.

Esse clima de reconciliação, indicou, “devemos criá-lo evitando primeiro tantas expressões e intervenções às vezes carregadas de ódio e procurando por todos os meios avançar para um entendimento que facilite a paz entre os colombianos”.

“A verdade é positiva se conduz a uma reconciliação. Se a verdade não for clara leva a uma cadeia de vinganças como já experimentamos em algumas regiões do país”, advertiu o também Arcebispo de Tunja.

Por sua parte, o Arcebispo de Bogotá, Cardeal Pedro Rubiano Sáenz, pediu para dirigirem o cruzamento de declarações entre o Presidente e os opositores “com suprema serenidade e com muita claridade”. Chamou a procurar a reconciliação, de forma que “não somente haja respeito entre todos mas sim também se busque o bem do país”.