Um funcionário da União Européia ameaçou a Nicarágua suspendendo a ajuda econômica se o governo de Daniel Ortega não legalizar o aborto, declarado ilegal em outubro passado.

Marc Litvine, oficial para a Nicarágua do Diretório para Relações Exteriores da UE, assinalou que para o aparelho político que atualmente controla a União Européia, o tema da legalidade do aborto “está vinculado a programas de colaboração contra a pobreza e direitos das mulheres, por isso “esperamos que o novo governo seja capaz de abrir um debate e discuti-lo fora da paixão eleitoral”.

Na entrevista publicada no "El Nuevo Diario” de Manágua, Litvine assinalou que a UE se encontra “preocupada” com a penalização do aborto; e qualificou a lei aprovada pela Assembléia nicaragüense de “precipitada, não discuti-la, em um marco eleitoral”.

Comentando ainda mais sobre assuntos soberanos da Nicarágua, Litvine assinalou que “aí vejo uma das contradições do novo governo: diz-se progressista, muito moderno, e vai fazer marcha atrás, porque para nós (a lei pró-vida) é marcha atrás”.

As declarações do funcionário da UE se somam à campanha de pressão contra Nicarágua lançada pela organização abortista norte-americana “Human Rights Watch”, a Organização de Nações Unidas (ONU).