Acompanhado dos membros do Conselho de Construção do Santuário dos Mártires, o Arcebispo de Guadalajara, Cardeal Juan Sandoval Íñiguez, anunciou que na próxima segunda-feira, dia 5, festa de São Felipe de Jesus, primeiro mártir mexicano, reiniciarão os trabalhos desta edificação definida como "uma obra à medida da fé".

Para a Imprensa, o Cardeal destacou que o Santuário dos Mártires é uma resposta a "uma necessidade muito grande que vi através dos anos para nossas celebrações multitudinárias, que nos recomendou João Paulo II em sua carta de preparação para o Grande Jubileu de 2000: que não se esqueça a memória dos mártires”.

Do mesmo modo, pediu também aos mexicanos, “para que sobre o Santuário dos Mártires visualizem como mais importante o significado religioso, para que dessa maneira possam contar com os meios necessários para viver a fé e exercer a caridade cristã”.

Por sua parte, o arquiteto José Manuel Gómez Vázquez Aldana, encarregado do projeto, destacou a nova construção como um símbolo do catolicismo por sua estratégica localização e como uma obra que põe muito no alto o México.

O futuro santuário incluirá um museu em honra aos mártires, um auditório para mil pessoas e salas para reuniões e congressos. Contará também com estacionamento para quatro mil automóveis, albergue para peregrinos e uma escola de enfermagem com reconhecimento da Universidade de Guadalajara.

Em 20 de novembro de 2005, no Estádio Jalisco de Guadalajara, dez laicos e três sacerdotes assassinados por “ódio à fé” durante a perseguição religiosa no México na terceira década do século XX, foram declarados beatos na Missa presidida, em nome do Papa Bento XVI, pelo Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.