Os católicos americanos poderiam converter-se em um significativo grupo eleitoral nas próximas eleições, se prosperar a campanha de recenseamento de votantes nas paróquias do país.

Em um país onde o voto não é obrigatório, o Padre Frank Pavone da organização Priests for Life (Sacerdotes pela Vida), está convencido que se deve animar a participação dos católicos porque “o trabalho da Igreja não é fazer simplesmente que as pessoas tenham fé, mas sim que cumpram os ensinamentos do Senhor”.

“O Evangelho transforma a sociedade e renova a face da terra. Isso inclui a renovação da face da liderança, as leis, as políticas e a vida política”, indicou o sacerdote em uma recente coluna.

O recenseamento de eleitores consiste simplesmente em  dar oportunidade aos membros da Igreja para que preencham formulários de recenseamento na saída da Missa. Preencher os formulários demora aproximadamente um ou dois minutos.

“É perfeitamente legal que uma igreja desenvolva uma campanha não partidária de registro de eleitores. ‘Não partidária’ significa que esta não se limita a um determinado partido. De fato, não se exclui a ninguém que esteja em condições de votar de acordo às leis federais e estatais”, advertiu o Padre Pavone.

Segundo o sacerdote, estas campanhas de registro “são perfeitamente coerentes com o Evangelho e com o chamado que estiveram fazendo tanto o  Papa como os bispos para que nos envolvamos no processo eleitoral. Jesus enviou a seus apóstolos para que fizessem discípulos de todas as nações e lhes ensinassem a cumprir todos seus mandamentos”.

Do mesmo modo, precisou que “as campanhas de recenseamento de votantes não estão ligadas automaticamente com nenhum grupo. Recensear votantes é uma atividade de cidadãos e as Iglesias têm o direito de facilitá-la”.

Ante a resistência de algumas paróquias em facilitar esta campanha, o Pai Pavone assegura que “não temeremos convocar a todos para que recenseiem a maior quantidade possível de votantes, com ou sem a ajuda das Iglesias. Ainda os clubes noturnos estiveram desenvolvendo campanhas de recenseamento para proteger algumas atividades imorais. Acaso farão as coisas melhor do que a Igreja de Deus?”