Por que o Cardeal Carlo María Martini, Arcebispo Emérito de Milão, decide afastar-se da doutrina da Igreja em um tema tão crítico como a eutanásia? A complexa resposta a esta pergunta será apresentada amanhã em uma análise especial do reconhecido vaticanista italiano Sandro Magister.

A imprensa secular encobriu a decisão do Cardeal Martini de escrever na primeira página do jornal financeiro mais importante da Itália, "Il Sole 24 ore", um artigo justificando o direito a algumas forma de eutanásia que não só estão contra os ensinamentos da Igreja, mas também inclusive em aberta oposição ao que recentemente afirmou o Papa Bento XVI sobre a matéria.

No artigo que aparecerá em quatro idiomas na terça-feira, Magister oferece ângulos desconhecidos do debate na Itália, agudizado após a morte de Piergiorgio Welby, um paciente tetrapléjico que reclamou –e obteve, com a cumplicidade de um médico– a eutanásia.

Segundo Magister, a decisão do outrora respeitado Arcebispo de Milão de ficar contra o Episcopado italiano e com a Santa Sé é "uma controvérsia que tem seu próprio caso detonante imediato, seus antecedentes e seus desenvolvimentos".

O artigo que publicará amanhã o reconhecido vaticanista do semanário L'Espresso, inclui as respostas que recebeu a controvertida posição de Martini, e que foram em geral ignoradas pela imprensa italiana e internacional.