O Presidente a Conferência Episcopal Nicaragüense e Arcebispo da Manágua, Dom Leopoldo Brenes, reiterou que a Igreja no país não trocará sua posição a favor da defesa da vida da concepção e contra todo tipo de aborto.

Ante a campanha de grupos feministas abortistas que pretendem recuperar o amparo legal para o chamado aborto terapêutico - proibido há alguns meses no país-, Dom Brenes indicou que “a única saída é opor-se ao aborto terapêutico, nos mantemos em nossos princípios”.

“Nesses casos logicamente a Igreja sai ao passo em defesa dos mais débeis”, manifestou o Arcebispo Brenes à imprensa local e propôs a realização de um foro onde o povo aprenda que os avanços científicos já não admitem motivos que justifiquem um aborto como médio para salvar a vida da mãe.

Dom René Sándigo, Secretário do Episcopado, reiterou que a proposta da Igreja não surge por acaso, mas sim depois de muitas consultas realizadas com médicos e especialistas nacionais e internacionais.

“Atualmente há uma campanha de desinformação para que o povo se confunda e deixe de pressionar contra do aborto terapêutico, igualmente o governo pode estar sendo pressionado por organizações internacionais para que desista da postura que tomou em um primeiro momento a favor do povo”, afirmou.

“Por isso é muito importante a realização de um foro, não para conciliar, porque ambas as posturas não são conciliáveis. A Igreja nunca estará de acordo com a cultura de morte, a não ser para informar à população”, adicionou.

Dom Sándigo fez um chamado ao governo sandinista para que não ceda às pressões externas e não falhe “ao povo nesta necessidade, ao povo não pode impor uma lei que não cabe com nossa cultura de vida”.