A Secretaria de Saúde do governo mexicano reconheceu a eficácia da abstinência e a fidelidade como médios para evitar a AIDS, e anunciou que incluirá ambos os métodos na informação que dá aos jovens sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes em adolescentes.

O subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde da dependência, Mauricio Hernández Ávila, declarou à imprensa que não têm contemplado promover nem distribuir massivamente preservativos porque consideram que essa estratégia, recomendada pela Organização Mundial da Saúde, não gera mudanças nas atitudes dos jovens.

Hernández disse que “se você praticar a abstinência é um bom método, o mais seguro, aí não há perda; praticar a fidelidade é um bom método”. Entretanto, não descartou que o uso do preservativo siga sendo incluído dentro das campanhas de saúde pública porque “a Secretaria vai procurar dar informação plural”.

Posteriormente, depois da reclamação das organizações abortistas e feministas no país, a Secretaria de Saúde emitiu um comunicado em que reiterou seu “compromisso de consolidar uma estratégia integral para melhorar a saúde reprodutiva e combater as infecções de transmissão sexual”, que inclui “a promoção da camisinha” e “a distribuição de métodos anticoncepcionais”.

Entretanto, o texto assinala que “a prevenção e promoção da saúde consiste, por uma parte, em proporcionar a informação suficiente, objetiva e culturalmente apropriada para que cada pessoa possa corresponsabilizar-se sobre sua saúde de acordo com seus próprios valores”.