Desde 24 de janeiro, os italianos poderão conhecer as lembranças e anedotas do Cardeal Stanislao Dziwisz em sua antiga missão de secretário pessoal do Papa João Paulo II, através do novo livro “Uma vida com Karol”.

O volume, publicado pela editorial italiana Rizzoli, sairá à venda na quarta-feira na Itália e posteriormente no resto da Europa. As memórias do Cardeal Dziwisz, atual Arcebispo da Cracóvia (Polônia), foram escritas com a colaboração do jornalista Gianfranco Svidercoschi.

O jornal italiano La Repubblica publicou algumas passagens antecipadamente, e se confirma que através do livro se conhecerão anedotas inéditas do longo Pontificado de João Paulo II.

O livro percorre a vida do Cardeal Dziwisz desde que João Paulo II lhe pediu em 1966 que fora seu secretário, quando era Arcebispo da Cracóvia e teve que lutar com o comunismo polonês. Acompanhou-o em sua eleição pontifícia e em seus 27 anos de Pontificado.

O Cardeal compartilha suas memórias sobre o atentado que quase acaba com a vida do Papa na Praça de São Pedro em 1981, detalhando as horas posteriores aos disparos e a gravidade do Pontífice quando chegou ao Policlínico Gemelli de Roma.

Do mesmo modo, reflete sobre os autores do atentado, questiona que todos os indícios apontem a KGB, e desmente que o Vaticano tivesse advertido da possibilidade de um ataque contra o Papa.

O livro confirma que só depois do atentado, o Papa João Paulo II começou a interessar-se pelo Terceiro Segredo de Fátima.

Ao relatar a morte de João Paulo II, o Cardeal Dziwisz recordou que em um momento, o Pontífice procurou com o olhar a uma das religiosas que o assistiram durante anos, Irmã Tobiana, e sussurrou: “Deixem ir à casa do Pai”. Todos os pressente cantaram a oração do “Te Deum” de agradecimento em lugar do “Réquiem”.