O Arcebispo de Toledo, Cardeal Antonio Cañizares, defendeu nesta sexta-feira que o rascunho do Estatuto de Autonomia de Castilla-La Mancha, que tramitam nas Cortes, não diz que o ensino deva ser laico, porque um ensino laico na escola pública não seria constitucional.
Nestes termos se pronunciou o também vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola, a perguntas dos meios, depois da apresentação do programa de atos comemorativos do XIV centenário de São Ildefonso, sobre a petição do Conselho Escolar de Castilla-La Mancha que solicitou que o novo texto autonômico recolha que a educação seja laica.
O Cardeal disse que uma escola laica supõe uma confessionalidade laiciza que não respeita a liberdade religiosa do artigo 16 da Constituição espanhola.
Em sua opinião, o fato do texto castelhano-manchego recolher essa demanda vulneraria dos direitos dos pais que podem escolher a educação que querem para seus filhos, conforme a suas próprias convicções religiosas e morais. "Não lhes pode impor um ensino que vá contra", acrescentou.