Além de ser o país que, junto com a Itália, tem o menor índice de natalidade, Espanha é o que menos ajuda à família na União Européia (UE). Assim o denuncia o Instituto de Política Família (IPF) que exige ao Governo uma drástica retificação de sua politica familiar, até o momento nula.

Para ilustrar a gravidade do caso espanhol, o Presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, ressalta o bem-sucedido caso da França, que graças às políticas implementadas desde 1985 em favor da família e a natalidade, “fez possível que se alcance o nível de substituição generacional” e consiga situar-se “à cabeça da taxa de natalidade na Europa”.

“É o resultado lógico –assegura Hertfelder– que se obtém quando, em primeiro lugar, existe vontade política de ajudar à família e, logo, ficam os meios necessários através de  organismos, dotações orçamentárias e planos para consegui-los. Deve recordar-se que a França dispõe de um Ministério de Família e que se foram implementando planos e leis de apoio à família nos últimos 20 anos.

Retificação imediata

Segundo o presidente do Instituto, França contrasta dramaticamente com a Espanha, que “não só segue sendo o país, junto com a Itália, com menor índice de natalidade, senão além disso é o país da UE que menos ajuda à família”. Comparar a política familiar de ambos os países “é como comparar o dia com a noite”, disse.

“Assim, uma família com três filhos receberá na França 380 euros/mês, independentemente de seus ganhos, e pelo contrário na Espanha, essa mesma família receberia 72,75 euros, e só para famílias com renda muito baixa. Um matrimônio espanhol precisará ter 16 filhos e renda baixa para ter as mesmas prestações que esse mesmo matrimônio teria na França com três filhos e independentemente de sua renda”, indica Hertfelder.

Por isso, o IPF reclamou “uma retificação imediata do Governo” em política familiar e alentou “saber imitar os nossos vizinhos europeus nas políticas familiares que deram resultado”.